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Postado em 25 de Outubro de 2017 às 15h00

Afinal, o que é Bullying?

Ieda Dreger | Psicóloga A todo momento temos ouvido falar sobre bullying que é praticado em diferentes lugares, principalmente nas escolas. É importante que tenhamos um espaço para compreendermos o bullying a fim...

A todo momento temos ouvido falar sobre bullying que é praticado em diferentes lugares, principalmente nas escolas.

É importante que tenhamos um espaço para compreendermos o bullying a fim de evitar que outras tragédias venham a acontecer. Tragédias sim, porque a humilhação que muitas crianças e adolescentes sofrem, passam a ser uma tragédia na vida de deles.

Então,o que é bullying? Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como bullying.

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. O bullying pode ocorrer em qualquer lugar, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode
parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Ainda importa compreender que para ser bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. Quando o agredido reage ou ignora, ele supera o motivo da agressão e acaba desmotivando a ação do agressor.

De que forma o bullyng afeta as pessoas agredidas? Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças, adolescentes ou adultos que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da
personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional das pessoas de tal maneira que elas optam por soluções trágicas, como o suicídio.

E o que leva o autor do bullying a praticá-lo? Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com o mal estar do agredido. O autor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar na qual tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz isso no ambiente escolar.

E quem costuma ser o alvo do bullyng? Geralmente alguém tímido, com baixa autoestima e com pouco poder de reação. Além disso, pessoas diferentes, que se vestem diferente, com alguma parte do corpo diferente, etc.

A platéia é sempre muito importante para o praticante do bullying, porque sem ela, ele não tem para quem se exibir. E a platéia passa a gritar palavras de incentivo, risos ou se calar sendo conivente com a humilhação, às vezes com medo de ser a próxima vitima.

O que podemos fazer para ajudar? Primeiro explicar nas escolas – para professores, alunos e pais – o que realmente é bullying para que ele seja denunciado quando percebido. A escola deve chamar alunos e pais dos agredidos e dos agressores e abrir canais de comunicação. Não adianta apenas punir, seria tratar da mesma forma. O valentão tem algo a dizer. O humilhado pode precisar de ajuda psicológica. Mas o agressor e sua família precisam ser responsabilizados pelos danos. Todo ato tem conseqüências. Na sociedade, todos somos responsáveis, os pais, os amigos, os vizinhos...agora que você já sabe o que é bullying, fique atento, não deixe que mais pessoas sejam vítimas.

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