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Postado em 24 de Maio de 2016 às 17h23

Depressão, Distimia e Transtorno bipolar, você conhece as diferenças? (Parte 1)

Tenho recebido em meu site inúmeras perguntas sobre depressão. Vou discorrer sobre o assunto nesta matéria e em outras na sequência.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a depressão afeta cerca de 17% da população. Um terço da população tem, já teve ou vai ter depressão.

Existem basicamente 3 tipos de depressão

A depressão propriamente dita, a distimia e o transtorno bipolar.

Antigamente o Transtorno Bipolar era chamado de PMD, Psicose Maníaco Depressivo. Mas hoje não se usa mais este nome porque neste quadro nem sempre a pessoa apresenta distúrbios psicóticos, ou seja alucinações. Considerou-se mais adequado o nome de Transtorno Bipolar pois a característica mais marcante deste quadro são as alternâncias entre dois pólos afetivos, um chamado "mania" que se refere ao período onde a pessoa está eufórica, e o outro de depressão, onde a pessoa se sente sem expectativa e muitas vezes mal sai da cama e realiza a higiene básica pessoal.

A Distimia se refere ao "mal humor" continuo, considera-se um tipo de depressão quando não faz parte da personalidade da pessoa e foi iniciado em algum momento específico para nunca mais retroceder.

A Depressão típica se caracteriza pela tristeza patológica, às vezes sem causas identificáveis, a falta de motivação e ânimo para vida.

Esses três tipos de depressão são chamados de transtornos do humor, ou transtornos do afeto. Afeto não no sentido de carinho mas na forma como cada um vê o mundo, que "óculos" usa para enxergar o mundo. Tem gente parece usar óculos cor de rosa, tudo é bacana, tudo é fácil. Mas outros parecem usar óculos muito escuros, tudo é difícil de ver, difícil de fazer. Isso é afeto, é a forma como cada um consegue lidar com os estímulos da vida. Portanto a depressão é um transtorno afetivo, é uma dificuldade em lidar com os eventos negativos e até com as coisas boas que acontecem.

Uma coisa é importante compreender, pra você ser vitima da depressão não necessariamente estarão acontecendo coisas terríveis na sua vida. Muita gente esconde a própria depressão porque tem medo de ninguém acreditar, medo de que achem que é “frescura”. Pois se não está acontecendo nada de tão ruim, a pessoa tem emprego, uma família legal, amigos bem bacanas... Porque ficar triste? Ninguém entende. Mas a depressão é assim mesmo. São sentimentos muito ruins que vêm mesmo quando está tudo “aparentemente” em ordem.

Coisas ruins acontecem na vida de todo mundo, mas o ser humano, em geral, tem uma boa capacidade de superar. Então, se você perceber que não está superando você pode estar com depressão.

Estou com depressão? Isso que eu sinto será depressão? Vou dar umas dicas para você se avaliar:

Se você está com sentimento contínuo de tristeza, percebeu que caiu seu interesse pelas coisas, não tem vontade de fazer mais nada., diminuiu ou aumentou exageradamente o apetite, o sono está em demasia ou tem falta de sono, seus movimentos estão mais lentos que o normal, seu andar está mais devagar, fala mais devagar, o raciocínio está lento, sente fadiga, falta de energia, começa a falar mal de você mesmo, vive se chamando de burro, de incapaz, de tonto e sente uma culpa exagerada. Isto pode ser depressão.

Em outro tipo de depressão o quadro é o inverso, a pessoa fica agressiva, muito irritada, aumenta o apetite, fica muito agitada, tem insônia. Também é um perfil clássico da depressão.

Nem sempre o depressivo sente tristeza. Muitas vezes ele tem a impressão e estar “anestesiado emocionalmente”, isso chama-se anedonia. Em grego significa negação do prazer. É o sentimento de falta de sentimento. É essa sensação que faz com que a pessoa não tenha mais o prazer que tinha antes, como estar com os amigos ou com a própria família, fazer esportes ou trabalhar.

O tratamento para depressão é tanto cognitivo como comportamental.

Cognitivo é a transformação dos padrões de pensamento. É uma melhora no enfoque e, transformar os pensamentos e os sentimentos. Tirar esses sentimentos tão ruins de dentro de você.

Comportamental se refere à tarefa do psicólogo em lhe proporcionar uma nova atitude positiva. O objetivo da terapia é que você passe a realizar comportamentos diferentes, realizando atividades com gosto, aproveitando a vida, desfrutando tudo o que a vida tem de bom e que agora, por conta da depressão, está deixando de lado.

Em alguns momentos a pessoa pode também precisar de medicação. Não sou contra medicamento. Existem quadros onde é interessante que a pessoa complemente a psicoterapia com medicamentos.

O mais importante a compreender é que a depressão é uma doença e tem tratamento. Não se desespere, busque ajuda.

Bem, hoje falamos um pouco sobre depressão, na próxima falaremos mais sobre os outros dois quadros, também depressivos. Até a próxima.

Por Ieda Dreger

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