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Postado em 24 de Maio de 2016 às 14h47

Você finge ter orgasmo?

Tatiane: Nas vezes em que vou fazer sexo com meu namorado é sempre igual. Ele não faz nada de diferente, nem carinho e nem nada. Sexo oral? Nem pensar. Será que eu estou com algum problema? Eu até perco o tesão e finjo gozar para acabar rápido...
Julia: Nunca gostei de sexo, prefiro comprar um sapato, mas meu namorado que sexo todo dia, eu acho um saco, mas transo. Finjo orgasmo e depois durmo.
Fernanda: Meu namorado tem um beijo que não gosto, logo no começo já, tenho vontade que não aconteça nada. Mas como nos damos bem nas outras coisas, vou levando. Finjo orgasmo e ele fica feliz.
Ieda: Bem, a primeira coisa a fazer é para de fingir orgasmo. Isso não é bom para nenhum de vocês. Ele porque fica sem saber que alguma coisa não está bem, e você porque fica sem o prazer. A relação vai ficando sem graça, o desejo vai indo embora e? Vira uma total frustração, falta de vontade.
Se sexo é sinônimo de prazer, porque fingir que está tendo prazer? Ou ir para a cama com a idéia de acabar rapidinho? Isso não é bom. Seria importante você rever seu comportamento e modificar ele só assim as coisas poderão melhorar.
Para nós mulheres é passado, culturalmente, que devemos satisfazer nossos companheiros, mesmo sem ter prazer. Isso é antigo, mas muito válido ainda nos dias atuais. Assim, cumprimos nossa “obrigação” apenas. O homem também tem uma grande dificuldade de falar em sexo e não aceita bem as críticas, como se isso o fizesse menos homem, o que não é verdade.
De qualquer forma, é preciso reavaliar a relação de vocês. Vocês conseguem conversar abertamente sobre a relação? Conseguem colocar ao outro o que está lhe angustiando? Existe mesmo intimidade entre vocês? E aqui não falo apenas da intimidade sexual, mas a intimidade da confiança para o diálogo. Existem cumplicidade entre vocês?
Lembre-se que o comportamento do casal fora da cama influencia diretamente na relação sexual. Se vocês estão numa relação distante, como vão conquistar a intimidade erótica/sexual? Avalie como está a relação afetiva de vocês. Se perceber que não está bacana, proponha um papo onde cada um possa falar como se sente. Isso pode ser o primeiro passo para estabelecer um vínculo maior e ajudar na vida sexual.
E a vida sexual? Vocês conseguem falar sobre sexo? Contar sobre o que mais gostam, o que não gostam, fantasias, desejos, medos, traumas...enfim, tudo. Se vocês acham difícil tocar neste assunto, saibam que é muito importante e tentem. Podem ir devagar, mas não desista. Tente abrir um diálogo neste sentido.
Mas para falar de sexo, a falar o que gosta, você precisa se conhecer. Você se conhece? Sabe do que gosta? Sabe onde gosta de ser tocada, como gosta, que posições gosta? Não sabe? Está mais do que na hora de descobrir. Descobrir pode ser um trabalho pessoal, individual. Você pode se descobrir e depois informar seu parceiro sobre isso. Ele não tem obrigação de saber o que nem você sabe. Talvez ele não saiba que você quer mais carinho, ou deseja sexo oral. Talvez ele também tenha expectativas que não consegue te contar.
Lembre que o próprio bate papo sobre sexualidade já é bem excitante para o casal. Quando vocês estiverem num clima descontraído, pergunte, fale de si, abra-se para que ele faça perguntas. Pode ser um papo bem divertido.
E se você perceber que não há concordância na parte afetiva e nem sexual? Reavalie até que ponto vale a pena a relação. E lembre sempre que sexo é 50% de responsabilidade da parceira e 50% de responsabilidade do parceiro. Ou seja, ambos precisam se empenhar para ser satisfatório para os dois. Uma dica: relaxe e procure fazer a sua parte da maneira mais prazerosa possível. Ele também deve fazer o mesmo. Assim, vocês só terão a ganhar!

Por Ieda Dreger. 

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