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Postado em 24 de Maio de 2016 às 16h53

Quando a timidez atrapalha

Existem fases em que seu filho pode estar mais ou menos tímido. É natural que uma criança de um ou dois anos seja mais atirada que uma de quatro anos. Isso acontece porque a menor não tem noção de perigo e, por isso, não tem medo de experimentar diferentes emoções.

Perceber a timidez não é tão fácil. Você precisa analisar seu filho em diferentes situações para verificar se realmente é uma criança inibida. Dentro de casa você conseguirá diagnosticar os indícios da timidez como, por exemplo, numa festa com a presença de primos e amigos da mesma idade. Observe se seu filho insiste em brincar sozinho, mesmo depois de sucessivos convites. Num parque de diversões também é possível confirmar. Se em vez de curtir novas aventuras com os colegas ele preferiu ficar isolado é provável que sinta muita vergonha.

Mas na escola a evidência é maior. Geralmente a professora consegue observar o fato mais rápido, porque dentro da sala de aula o estudante desenvolve diversas atividades em grupo. O aluno tímido, entretanto, pode ter dificuldades e até pedir para fazer a tarefa sozinho. Entre 6 e 7 anos, quando ingressam na pré-escola, as crianças estão ávidas por conhecimento. Tudo é novidade. O natural, portanto, é que no primeiro mês de aula comecem a formar um círculo de amizades. A falta de entrosamento é normal nos primeiros dias, mas se a característica persistir é sinal de grande e inibição em.

A timidez é um alerta de que algo não vai bem. A criança pode estar com muita dificuldade de relacionamento. Tem medo de reagir a determinadas situações, como falar em público, por exemplo. Ela até poderia subir num palco para cantar, mas se retrai ao imaginar o que as pessoas esperam de sua performance.

O timido experimenta pouco na vida real e muito na fantasia. A pessoa envergonhada sofre um processo de auto inibição, ou seja, ela se priva de algumas emoções por não saber como irá enfrentá-la.

Como tem dificuldade de encarar o mundo concreto, a criança inibida cria um lugar onde tudo é perfeito e ninguém a rejeita. É o mundo das fantasias. Neste ambiente herói e bandido se confundem. Na imaginação, ela é completamente feliz porque não corre perigo. No dia a dia ela usa a inibição para não se expor.

Os psicólogos apontam duas formas de ajudar uma criança tímida. A primeira é conversar muito com ela. Comece perguntando por que não gosta ou não quer brincar com os amigos ou primos da mesma idade. Com certeza , o pequeno dará alguma pista do que causa receio e por que prefere ficar isolado. A segunda, é não expor a criança em público. Entenda que ela tem medo de si própria. Aos poucos crie situações adequadas para que elas tenham vontade de experimentar. Deixe à vontade. Mas se o constrangimento for muito grande e chegar a causar sintomas físicos como tremores e sudorese, por exemplo, procure um especialista.

A timidez, no entanto, tem vários níveis que chegam a troca de personalidade, uma patologia emocional. Mas lembre-se sempre de que todas as pessoas são diferentes. Alguns adultos adoram ser o centro das atenções em qualquer reunião. Contam piadas, são cativantes. Outros ficam num canto, falando baixo, curtindo o som, preferem uma conversa mais íntima. E assim mesmo aproveitam a festa. O importante é saber se a timidez causa algum tipo de sofrimentos. Em caso positivo ela deve ser tratada. Procure então um profissional para lhe ajudar.

Por Ieda Dreger

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