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Postado em 25 de Maio de 2016 às 09h21

Filhos que mandam e pais que obedecem?

A responsabilidade de educar filhos é intransferível, ainda que algumas pessoas busquem fazê-lo. Mas o outro que vem cuidar é um substituto, nunca um pai. E as próprias crianças compreendem isso quando dizem: “você não é meu pai (mãe), você não me manda”

Um substituto recebe dos pais as informações necessárias para cuidar dos filhos, mas dificilmente pode tomar providências e iniciativas com relação a educação, regras de comportamento e disciplinas. Isso é possível ver em sala de aula, quando um professor for mais rígido na conduta com o aluno, este geralmente se queixa aos pais que, por sua vez, vão tirar satisfação dos professores.

Mas muitos pais não fazem sua parte e tentam transferir sem nenhuma autoridade ao outro. Nada dá certo desta forma.

É importante compreender que ser pais implica autoridade. Autoridade não significa apenas dominar, nem impor superioridade. Essa é uma das formas. O papel dos pais é colocar as regras de forma clara e ajudar para que elas sejam cumpridas. As regras precisam ser claras e é necessário saber se a criança compreendeu. A partir disso existe uma cobrança. Este é o papel de pais que cuidam.

É bom que as regras além de serem claras, estejam escritas e posteriormente fixadas em algum local bem visível, que pode ser a cozinha ou o quarto de dormir das crianças.

Deverá também ser estabelecido um castigo para cada transgressão. O castigo precisa ter a ver com a regra descumprida. Além disso, de nada adianta um castigo de um mês quando os pais conseguem cobrar apenas uma semana. Melhor poucos dias ou horas, mas bem cobrados. Se não corremos o risco de os filhos não levarem mais a coisa a sério. Perdem o respeito pelos pais e pelo castigo em conseqüência.

Ex: de nada vale dizer que vai ficar um mês sem usar o vídeo game se você não tem como fiscalizar isso em algum período do dia. Ou dizer para o adolescente que ele vai ficar um mês sem sair de casa e na semana seguinte deixar ele sair porque ficou com dó.

Seguindo, Na primeira transgressão da criança ela deverá ser advertida de que em sua próxima vez de transgressão haverá o castigo. E isso de fato deve ocorrer.

Firmeza e convicção são qualidades necessárias aos pais para exercerem seu domínio.

Também é muito importante que o filho, uma vez que tenha cumprido o castigo, peça desculpas aos seus pais pelo que fez, e assim receberá um abraço dos mesmos.

Esta é uma técnica que funciona muito bem, mas é preciso estar atento e não passar por alto nas transgressões, por cansaço ou comodidade, por pena, preguiça ou outros.

Gritos, berros e chantagens de crianças em lugares públicos ou ruas, bem como os “ataques” de fúria devido a algum capricho não realizado, poderão ser resolvidos acalmando a criança com palavras tranqüilas, fala lenta, suave. Porque neste momento, gritar é se colocar na altura da birra dele. Fique de joelhos para estar na altura dos olhos do filho e converse. Depois de sair do local publico, vocês conversam sobre o fato e você então dará o castigo que corresponde aos gritos e falta de controle demonstrada pela criança.

Se você falar suavemente não resolve, abrace seu filho bem firme, leve-o para casa e tenham uma boa conversa sobre o que aconteceu, colocando o castigo, como por exemplo, não levá-lo para passear (se tiver sido o caso) por um período, ou não levá-lo ao mercado (se foi onde ele extrapolou) por um período, etc.

Não compre tudo o que a criança solicitar. É importante que, em média, uma vez por mês, vocês possam combinar que ela vai poder escolher uma coisa em tal valor. E estipule um valor baixo. Não permita assim, que ela faça birra porque quer comprar isso ou aquilo. Tem pais que quando a criança pede um rabicó para prender o cabelo, vão logo comprando 5 pares. Que idéia de valor estou construindo?

Uma criança aprende melhor o valor das coisas quando precisa lutar para obtê-las, de forma justa, e assim aprende também o seu valor pessoal por ter lutado e conseguido efetivamente um resultado.

Lembre-se, as crianças sempre vão protestar por não terem o que querem, isso é próprio delas, mas como pais, precisamos ensinar a lidar com a frustração de nem sempre terem o que querem e na hora que querem. Frustração é uma grande fonte de aprendizado. Não se limite a ensinar apenas o que é bom.

Aqui estão apenas algumas dicas, se mesmo assim a educação está difícil, busque a ajuda de um psicólogo competente.

Por Ieda Dreger

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